Assembleia aprova suspensão temporária da greve e proposta do TRT de 10,8% de reajuste
Sindicatos filiados à Fepesp e professores do Ensino Superior da rede privada se reuniram ontem, em assembleias realizadas em todo o estado de São Paulo e aprovaram as propostas do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de suspender temporariamente a greve marcada para o dia 5 de setembro. O estado de greve, porém, será mantido até que as mantenedoras apresentem um acordo satisfatório com a categoria.
Foi aprovada também a manutenção da assembleia permanente.
O Sinpro Campinas aprovou por ampla maioria dos votos a chamada “Cláusula de Paz”, na qual os trabalhadores se comprometem a não entrar em greve até o próximo dia 15, quando haverá a segunda reunião conciliatória entre os sindicatos dos professores e os representantes das universidades privadas. Sem acordo satisfatório, a categoria irá deflagrar a greve ou o TRT levará o dissídio a julgamento.
Ao sindicato patronal, o TRT determina que seja dado reajuste salarial de 10,8% a partir de 1º de março, além de estabilidade dos funcionários pelo período de 90 dias.
Segundo Conceição Fornasari, presidente do Sinpro Campinas, a decisão dos sindicatos foi a mais adequada dentro da situação imposta, pois abre uma última tentativa de negociação com as mantenedoras. “Com isso, sinalizamos mais uma vez aos patrões que a categoria está disposta a negociar, mas com seriedade. Não aceitaremos propostas absurdas”, disse.
O professor Danilo Ciaco Nunes, diretor de comunicação do Sinpro Campinas, concordou com a presidente e ressaltou que a negociação é o melhor caminho, enquanto houver a possibilidade de um acordo satisfatório. “A greve é um recurso justo e legítimo, mas sabemos o quanto ela desgasta e exige sacrifícios dos professores”.
Em nota a Fepesp afirmou que os sindicatos filiados irão permanecer “alertas e mobilizados” e reforçou que “queremos um acordo com reposição da defasagem provocadas nos salários pela inflação, discutir as novas condições de trabalho geradas pela expansão desenfreada do ensino remoto e defender nossa data base de 1º de março e todas as cláusulas já conquistadas em nossa convenção coletiva de trabalho em campanhas salariais anteriores”.
Dois encontros com o patronal foram marcados para 06 e 12 de setembro. O que for discutido nesses encontros será levado à assembleia com os trabalhadores. “É a categoria quem vai decidir os rumos depois disso”, disse Fornasari.
Fonte: Sinpro Campinas
Artigos relacionados
Sinpro Campinas alerta para estado de greve no Ensino Superior
Negociações com mantenedoras foram suspensas após insistência dos patrões em retirar direitos. Professores devem se preparar para mobilização. Caros professores do Ensino Superior, O Sindicato dos Professores de Campinas
ARTIGO | A democracia em xeque e uma nova fase da exploração
José Alex R. Soares (*) Há um ataque orquestrado contra a democracia brasileira, um ataque que visa desestabilizar as instituições de Estado no país. O mais dramático desse movimento é
Gás de cozinha e combustíveis aumentaram três vezes mais do que a inflação
Desde o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente com mais de 54 milhões de votos, em maio de 2016, o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer
0 comentários
Nenhum comentário
Você pode ser o primeiro a comentar esta matéria!