ATO UNIFICADO | Manifesto pela Educação e em Defesa da Vida

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A Frente de Mobilização da Educação convida para o Ato Unificado online em defesa da Educação e da Vida.

Será nesta quarta-feira (10), às 17h, pelas redes do Sinpro Campinas e Apeoesp Campinas. 

A Apropucc já sinalizou seu posicionamento em defesa da vacina para todos, do Auxílio Emergencial, do SUS  e da Educação. Já somamos mais de 260 mil pessoas mortas e os hospitais públicos estão agonizando pela falta de uma política coerente que priorize a vida e a Ciência.

Essa Frente de Mobilização da Educação organizou um MANIFESTO PELA EDUCAÇÃO E EM DEFESA DA VIDA. A Apropucc é uma das entidades signatárias desse manifesto que alerta para a crueldade que estamos vivendo de descumprimento, principalmente pelos governos, das medidas sanitárias definidas pelas organizações de saúde em nível internacional.

O momento é de unidade e luta das trabalhadoras e trabalhadores em Educação pela vida, pois sabemos que ano letivo se recupera, mas vida não.

Confira abaixo o manifesto completo assinado pela Apropucc e outras entidades.

MANIFESTO PELA EDUCAÇÃO E EM DEFESA DA VIDA

Reunidas para defender a Educação e a vida, as diversas entidades abaixo subscritas manifestam-se em defesa da vacinação de todos os/as trabalhadores/as dos sistemas público e privado da rede escolar, do ensino básico ao superior, pelo auxílio emergencial e contra as aulas presenciais enquanto não houver o controle da pandemia. Esse manifesto é um chamado à consciência da comunidade escolar e de toda a população da Região de Campinas sobre a real situação dos educadores nesse tempo de pandemia.

A escola aberta durante o descontrole pandêmico torna-se um foco de disseminação do vírus na sociedade, pois a concentração ou circulação de pessoas nas unidades escolares facilita a infecção. A realidade de escolas públicas e privadas é que não oferecem as condições estruturais e pessoal em número suficiente para o cumprimento dos protocolos sanitários definidos pelas autoridades de saúde em nível internacional.

Já contamos com professores, auxiliares e estudantes de diversas idades infectados, hospitalizados e até mortos! Pela escola, o contágio chega mais rápido às famílias. Os poderes públicos, sejam eles federais, estaduais ou municipais, têm sido negligentes e criminosos enquanto forçam o retorno às aulas presenciais sem que o controle pandêmico esteja assegurado pela população imunizada ou permitindo que as escolas particulares estejam abertas durante a pior fase da pandemia, quando o isolamento se torna imprescindível. As aulas podem prosseguir, na maioria dos casos, de forma remota e com investimento estatal para que estudantes tenham condições de acompanhar com recursos digitais.

Profissionais da educação sofrem, de forma silenciosa, o descaso dos poderes públicos diante da pandemia que assola o Brasil. São colocados na linha de frente, diante de alto risco de contágio e sem estarem imunizados.

Sabemos que a educação é essencial para a soberania de um país, no entanto, as aulas podem esperar e agora é hora de cuidar da vida das crianças, das famílias e dos profissionais de educação se quisermos prosseguir com ela. Somos conscientes da precarização do trabalho do educador, dos cortes de salários, muitos estão dependendo de ajuda solidária e outros, aceitam qualquer condição com o temor constante de desemprego. É urgente que a comunidade toda compreenda que um professor leva anos para ser formado e que não pode ser tratado como descartável!

Repudiamos, de forma ainda mais veemente, as atitudes do presidente Bolsonaro, do governo do Estado de São Paulo e de outros governadores e prefeitos que agem ativamente no sentido de colocar em risco, de forma consciente e irresponsável, a vida de professores/as, estudantes, funcionários e seus familiares, contribuindo para que se mantenha a média de contágios e óbitos em níveis altíssimos, tornando o nosso país um dos epicentros da pandemia.

Não há como prosseguir o projeto educativo sem profissionais da educação! Não há como controlar a pandemia sem o distanciamento social e a vacinação da maioria da população! Para muitos não há como sobreviver neste momento sem o auxílio emergencial! Não podemos aceitar o retorno presencial às aulas com um vírus tão letal circulando entre nós.

Vacinação para todos já! Auxílio emergencial já! Não ao retorno às aulas presenciais!

Basta de morte! Defendamos a Vida!

Assinam esse manifesto:

  • ADUNICAMP – Associação dos docentes da Unicamp
  • APEOESP – Associação dos Professores do Estado de São Paulo
  • APROPUCC – Associação dos Professores da PUC-Campinas
  • AFUSE – Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo
  • Associação dos Professores Adjuntos de Campinas
  • Comissão de Educação e Cultura da ALESP
  • Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal de Campinas
  • Conselho Municipal de Educação de Campinas
  • CONTEE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
  • CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
  • CUT – Central Única de Trabalhadores
  • FETE-SP (Federação dos Trabalhadores da Educação do Estado de São Paulo)
  • FRENTE BRASIL POPULAR Campinas e Região
  • FRENTE POVO SEM MEDO
  • Fórum Municipal de Educação de Campinas
  • MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
  • Promotoria da Infância e da Juventude – Campinas
  • Secretaria de Cultura – CUT SP
  • SINDPROSB – Sindicato de Professores de Santa Bárbara D’ Oeste
  • SINPRO – Sindicato dos Professores de Campinas e Região
  • STSPMP – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Paulínia
  • STMC – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas
  • UEE – União Estadual dos Estudantes
  • UCES – União Campineira dos Estudantes Secundaristas

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